16 de agosto de 2018

As férias do Zéi - Parte 2




Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu

21 de abril de 2012

Maganos nús

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NOTA: Todo o conteúdo deste blog é baseado em factos reais sendo que se torna muito difícil distinguir a ficção da realidade.Todas as imagens neste blog são descaradamente roubadas aos seus legítimos proprietários. - Desculpem lá qualquer coisinha! - Se querem deixar o vosso desagrado façam-no aqui ou em: Tertulia Cor-de-Burro-a-Fugir no Youtube

3 de novembro de 2010

Raispartom as vacas!!!

Andava é cá fazendo pla vida, quando se me deparo com uma visão dos infernos. A vaca da vizinha, chamada Clotildi - meçeas já repararom que todas as vaca das histórias se chamom Clotildis? - béim, como é cá tava dzendo... A vaca da minha vizinha tava sentada debáxo duma anesprêra mugindo alto e em bom som, caté se ouvia no adro da igrêja, lá no povo! Aliás, até era lá qué cá tava. Tava trabalhando!! Quer-se dizéri, trabalhando, trabalhando, é cá na tava. Mas já tinha trabalhado béim nesse dia. Quer-se dizéri, nessa manhã! Isso taméimm na intressa pra nada, agora!! O que intressa é que aquela vaca dum cabrãum tava fazendo uma barulhêra dos diabos e na dêxáva ninguéim drumiri descansado. Até o raio dos passarinhus cantavam e voavam que era uma côisa dôida, os carros lá na estrada de alcatrãum, fugiom dum lado pró ôtro fêtos parvos. Só porque o raça da vaca da minha vizinha pôs na lembradura que havia de tar mugindo a umas horas daquelas. É que já era quase mê-dia.
Fui a véri o que se passava ca cabra da vaca do minha vizinha. A Clotildi, tá-se mémo a véri! Fui a véri e na é que aquela vaca se tinha assentado mesmo, mesmo, mas mesmo, mesmo em cima dum montinho danespras qué cá tinha lá dêxado pós passarinhos!! Pôs tá claro que as anespras com 15 dias de tárem no mê do chão, já tavom más que pôdres, chêas de bixeza. Então pôs a pobre da vaca da minha vizinha, a Clotildi (não a vizinha, mas a vaca), tava com bretoêja pla regatêra acima, pôs claro. As larvas que tavom cumendo as anespras dentro do cú da vaca, já mais pareciom lombrigas. Tive deu andar lavando o cú da vaca com o bendito do sabão macaco, a ver se a vaca parava de mugiri, prá gente pudéri ir drumiri um bocadito.

Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu

13 de outubro de 2009

As férias do Zéi - Parte 1

Cumadris e cumpadris, tou voltando para vos dizéri qui tive de caganêra. O raio da belétra tinha bichesa. Mas na fôi só isso que tive fazendo! Fui fazéri um safari pra Mértola. Fui éu cá mais o Zé Manel, o Tóine Zé, o Zé das Couves, o Zé Berlaitêro, o Chico Zé, o Zé da Muleta, o Quim Zé, o Zé Piqueno e o Zé da Tasca do Asbrubalino.
Então a genti montou-se no 2 CV do Zé das Vacas, que na pôdir per causa da vaca da mulheri, que andeve duas semanas debaixo do boi do Adalberto, e fomos em direcção à savana de Mértola à pergunta do urso ibérico e do diabo da tasmânia, bichos malinos lá práquelas bandas.
Diga-se que a viagem foi um bocado atribulada. Aqueles caminhos das cabras tão fêtos num fanico. E também quase que na podia respirari dentro do átomóvel, na sê por modos de quéim. E na esquecendo que tava assim um chêro esquesito lá por dentro. E ainda pra ajudar à festa, o Zé da Muleta largou uma daquelas bufas fedurentas. Sabem? Daquelas que chêram a guisado de borrego e que um magano fica com o fedôri entranhado nos orificios nasais durante uma semana. E a genti na ia expulsari assim o magano da viatura, quêli andave ai uns bons quatro dias de muletas, há prai uns 15 anos, coitado. Então lá tivemos de sustéri a respiração e seguir caminho, naé verdádi?!!
A meio caminho da savana de Mértola, quéim é que fomos encontrári deitada debáxo dum chaparro? A burra da Mari Ináiça. Atão naé ca bicha tava práli abandonada, ao deus dará, sem poiso nem repoiso, deixada à sua sórti, atascada com um cáxo duvas. Sim, ela tinha mamado um cáxo duvas e atascou-se. Mulhéris!! Na augentam a bubida!! Então a genti, pra na dêxá-la lá sózinha, demos boleia à magana. Pegámos num baraço cu Zé Berlaitêro tinha no bolso da samarra, e atámos a Mari Ináiça ao tejadilho do carro, qua puta era só avomitári pru tudo e pru nada, e ainda por cima tinha cumido guisado de borrego, e a genti já tava enjoados do guisado. Só assim gregoriava-se toda pá estrada.

(continua num próximo capitulo, porra!!!)


Messêas se quiserem o resto da história, amandem-me com um comentário a pediri! Tá béim? Quando chegári aos 10 pedidos, é cá venho fugindo da tasca do Asdrubalino, dêxo a zundápi escarrachada no passêo, entro pra estrabadura adentro, ligo o Magalhãs, e fácu o apilode do resto desta grandi aventura! Adeus, maganos!!!!

Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu

30 de julho de 2009

Rimadas 3

O alentjanu éi um gulôso
tem o porco todo cumido
su alentjanu fica irôso
então tá tudo fudido

O alentjanu é porrêro
é muita castiço
mas o gajo é matrêro
e atancha-te com o piço

O alentjanu na é preguiçôso
sofre é do calôri
um dia cumeu pão rançôso
e fôsse dêtari

Se o Alentjanu se passa
Ah patinhas do mé gate
é qu gajo bebe uma vinhaça
ópôs é um grande aparate

Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu

Tertúlia Cor-de-Burro-a-Fugir