tag:blogger.com,1999:blog-52278587509039506032024-03-08T05:36:54.753+00:00ÊcalitradasÊcalitros, Beletras, Chaparros, e ôtras côsas qué cá agora na me lembra...Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-58221518625839589672018-08-16T17:17:00.004+01:002018-08-16T17:17:56.961+01:00As férias do Zéi - Parte 2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i9.ytimg.com/vi/syZCQY5WnwY/default.jpg?sqp=CITG1tsF&rs=AOn4CLCSxMcYphubci3_npOvUyeJ4Wdd5A" frameborder="0" height="300" src="https://www.youtube.com/embed/syZCQY5WnwY?feature=player_embedded" width="420"></iframe></div>
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<span style="color: silver; font-size: 85%;">Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-72881336678586785472012-04-21T14:34:00.001+01:002012-04-21T14:34:57.939+01:00Maganos nús<a href="http://tecnigroup.net/index.php/78-intro/94-social#.T5KZY14xAnY.blogger">Tecnigroup.NET - Social</a><br />
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<hr /><div style="color: #888888;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Trebuchet MS,sans-serif;">NOTA: Todo o conteúdo deste blog é baseado em factos reais sendo que se torna muito difícil distinguir a ficção da realidade.Todas as imagens neste blog são descaradamente roubadas aos seus legítimos proprietários. - Desculpem lá qualquer coisinha! - Se querem deixar o vosso desagrado façam-no aqui ou em: <a href="http://www.youtube.com/tertuliacordeburro" target="_blank">Tertulia Cor-de-Burro-a-Fugir no Youtube</a></span></span></div>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-50103206355503003902010-11-03T00:08:00.002+00:002010-11-03T00:16:57.254+00:00Raispartom as vacas!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_Bc22FfVTuWs/RoBCqsK-FLI/AAAAAAAAANo/-QdTG9v5FBo/s1600/cowgilrs02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/_Bc22FfVTuWs/RoBCqsK-FLI/AAAAAAAAANo/-QdTG9v5FBo/s200/cowgilrs02.jpg" width="136" /></a></div>Andava é cá fazendo pla vida, quando se me deparo com uma visão dos infernos. A vaca da vizinha, chamada Clotildi - meçeas já repararom que todas as vaca das histórias se chamom Clotildis? - béim, como é cá tava dzendo... A vaca da minha vizinha tava sentada debáxo duma anesprêra mugindo alto e em bom som, caté se ouvia no adro da igrêja, lá no povo! Aliás, até era lá qué cá tava. Tava trabalhando!! Quer-se dizéri, trabalhando, trabalhando, é cá na tava. Mas já tinha trabalhado béim nesse dia. Quer-se dizéri, nessa manhã! Isso taméimm na intressa pra nada, agora!! O que intressa é que aquela vaca dum cabrãum tava fazendo uma barulhêra dos diabos e na dêxáva ninguéim drumiri descansado. Até o raio dos passarinhus cantavam e voavam que era uma côisa dôida, os carros lá na estrada de alcatrãum, fugiom dum lado pró ôtro fêtos parvos. Só porque o raça da vaca da minha vizinha pôs na lembradura que havia de tar mugindo a umas horas daquelas. É que já era quase mê-dia.<br />
<div>Fui a véri o que se passava ca cabra da vaca do minha vizinha. A Clotildi, tá-se mémo a véri! Fui a véri e na é que aquela vaca se tinha assentado mesmo, mesmo, mas mesmo, mesmo em cima dum montinho danespras qué cá tinha lá dêxado pós passarinhos!! Pôs tá claro que as anespras com 15 dias de tárem no mê do chão, já tavom más que pôdres, chêas de bixeza. Então pôs a pobre da vaca da minha vizinha, a Clotildi (não a vizinha, mas a vaca), tava com bretoêja pla regatêra acima, pôs claro. As larvas que tavom cumendo as anespras dentro do cú da vaca, já mais pareciom lombrigas. Tive deu andar lavando o cú da vaca com o bendito do sabão macaco, a ver se a vaca parava de mugiri, prá gente pudéri ir drumiri um bocadito.<br />
<hr /><span style="color: silver; font-size: 85%;">Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span></div>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-56505211370356465272009-10-13T15:42:00.008+01:002010-11-03T00:25:07.177+00:00As férias do Zéi - Parte 1<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.bruckmann.com/Images/2cv_13.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="http://www.bruckmann.com/Images/2cv_13.jpg" width="320" /></a></div>Cumadris e cumpadris, tou voltando para vos dizéri qui tive de caganêra. O raio da belétra tinha bichesa. Mas na fôi só isso que tive fazendo! Fui fazéri um safari pra Mértola. Fui éu cá mais o Zé Manel, o Tóine Zé, o Zé das Couves, o Zé Berlaitêro, o Chico Zé, o Zé da Muleta, o Quim Zé, o Zé Piqueno e o Zé da Tasca do Asbrubalino.<br />
Então a genti montou-se no 2 CV do Zé das Vacas, que na pôdir per causa da vaca da mulheri, que andeve duas semanas debaixo do boi do Adalberto, e fomos em direcção à savana de Mértola à pergunta do urso ibérico e do diabo da tasmânia, bichos malinos lá práquelas bandas.<br />
Diga-se que a viagem foi um bocado atribulada. Aqueles caminhos das cabras tão fêtos num fanico. E também quase que na podia respirari dentro do átomóvel, na sê por modos de quéim. E na esquecendo que tava assim um chêro esquesito lá por dentro. E ainda pra ajudar à festa, o Zé da Muleta largou uma daquelas bufas fedurentas. Sabem? Daquelas que chêram a guisado de borrego e que um magano fica com o fedôri entranhado nos orificios nasais durante uma semana. E a genti na ia expulsari assim o magano da viatura, quêli andave ai uns bons quatro dias de muletas, há prai uns 15 anos, coitado. Então lá tivemos de sustéri a respiração e seguir caminho, naé verdádi?!!<br />
A meio caminho da savana de Mértola, quéim é que fomos encontrári deitada debáxo dum chaparro? A burra da Mari Ináiça. Atão naé ca bicha tava práli abandonada, ao deus dará, sem poiso nem repoiso, deixada à sua sórti, atascada com um cáxo duvas. Sim, ela tinha mamado um cáxo duvas e atascou-se. Mulhéris!! Na augentam a bubida!! Então a genti, pra na dêxá-la lá sózinha, demos boleia à magana. Pegámos num baraço cu Zé Berlaitêro tinha no bolso da samarra, e atámos a Mari Ináiça ao tejadilho do carro, qua puta era só avomitári pru tudo e pru nada, e ainda por cima tinha cumido guisado de borrego, e a genti já tava enjoados do guisado. Só assim gregoriava-se toda pá estrada.<br />
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<div style="text-align: right;"><span style="font-size: 85%;">(continua num próximo capitulo, porra!!!)<br />
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<div style="text-align: left;"><span style="font-size: 85%; font-weight: bold;">Messêas se quiserem o resto da história, amandem-me com um comentário a pediri! Tá béim? Quando chegári aos 10 pedidos, é cá venho fugindo da tasca do Asdrubalino, dêxo a zundápi escarrachada no passêo, entro pra estrabadura adentro, ligo o Magalhãs, e fácu o apilode do resto desta grandi aventura! Adeus, maganos!!!!</span></div></div><hr /><span style="color: silver; font-size: 85%;">Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-51890740384094589382009-07-30T01:26:00.003+01:002009-08-20T13:03:26.098+01:00Rimadas 3O alentjanu éi um gulôso<br />tem o porco todo cumido<br />su alentjanu fica irôso<br />então tá tudo fudido<br /><br />O alentjanu é porrêro<br />é muita castiço<br />mas o gajo é matrêro<br />e atancha-te com o piço<br /><br />O alentjanu na é preguiçôso<br />sofre é do calôri<br />um dia cumeu pão rançôso<br />e fôsse dêtari<br /><br />Se o Alentjanu se passa<br />Ah patinhas do mé gate<br />é qu gajo bebe uma vinhaça<br />ópôs é um grande aparate<br /><hr /><span style="color: rgb(192, 192, 192);font-size:85%;" >Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-91848037774129973352009-07-23T02:04:00.002+01:002009-07-23T02:27:22.290+01:00Jurisprudência(ESTE PÓSTI CONTÉM LINGUAGEM PORCA, TIPOS CARALHO E PUTA. CUMADRES E CUMPADRES MAIS SENSIVEIS, NA DEVEM LÉ-LO!!! E TENHE DITO!)<br /><br /><br />De manhanita vou trabalhari<br />Pôs a gente vivé do trabalho<br />É cá na me tou a quêxari<br />Mas sou alto cumó caralho!<br /><br />No Verão é uma salganhada<br />mé prime, minha tia e mê tio<br />óspôs vem a estrangêrada<br />áh, puta que pariu!!<br /><br />O tempo tá esquisito<br />hoje teve um calorão<br />mas se amanhã chuvéri<br />dou cabo do cabrão!!<br /><br />Isto com estas gajas tem de séri<br />É só mesmo com pázadas<br />Se me mandarem fudéri<br />Amando-lhes uma berlaitadas!!<br /><br />E agora vou bazari<br />mas não sem antes dizéri<br />ténhom um bom descansari<br />e na se cansem de fuderi..<br /><br /><hr /><span style="color: rgb(192, 192, 192);font-size:85%;" >Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-14628477454121683632009-07-15T11:51:00.003+01:002009-07-15T11:58:16.341+01:00Rimáda dôisÉ cá na qria<div>mas vou ter que dizéri</div><div>no mêu desta solidão</div><div>só ma petéçi é drumiri</div><div><br /></div><div>Se pudeçe, fujia</div><div>ia pró estrangêro</div><div>ia de malas na mão</div><div>só eu e o mê cagêro</div><div><br /></div><div>E tenhe ditu!<br /><hr /><span style="color: rgb(192, 192, 192);font-size:85%;">Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span></div>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-57198784912366554692008-10-12T21:43:00.002+01:002008-10-12T21:44:03.732+01:00Rimáda.Ó êcalitro que és tã grandi<br />e roças cu cornos no céu<br />sé cá subo pra cima de ti<br />também eu.<hr /><span style="color: rgb(192, 192, 192);font-size:85%;" >Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-47219417638917215622008-09-22T00:18:00.002+01:002008-09-22T00:29:09.314+01:00«Sacho River»Todos nós nos lembramos do enorme sucesso que foi o "Sacha Beach", no Verão do ano passado em Portimão. Chamou nomes sonantes do panorama nacional e internacional para essa cidade turística no Algarve. Este ano vai repetir-se, agora com mais festas, mais animação, mais diversão... Tem uma diferença, vai ter ou um aliado ou concorrência de peso, o "Nikki Beach". Mas, passando ao que realmente interessa!! A noite alentejana não podia ficar para trás a nível de diversão e animação. Frederico Cordeirinho, um dos mais conhecidos empresários da noite alentejana, vai organizar o "Sacho River".<br /><br />No desterro do interior alentejano, este verão, vamos descobrir o que vai ser considerado o evento mais carismático da aldeia de Franganotes e os seus 14 habitantes. Pois foi na Segunda-Feira, dia 19 de Março, pelas 4 da manhã, que Frederico Cordeirinho, o conhecido empresário alentejano, apresentou o evento, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa perante uma vasta audiência, onde se evidenciaram o Guarda Nocturno e a Senhora das Limpezas que havia adormecido debaixo do sofá enquanto tentava o tudo por tudo para evitar uma ressaca com uma garrafa de JB. O público, eufórico, aclamava Cordeirinho enquanto este proclamava palavras de incentivo e optimismo: "Cá a genti vai fazêri cá uma festãnça!!!! Este Verãum, o «Sacho Riveri» vai sér de xtrondu!", retorquiu. "Nunca a aldêia de Franganoti viu um acontecimentu dêstis. Vamos teri cumadres de tornozelos à móstra, vamos teri linguiça e vinho pra tôdá genti comeri, e depôs ainda vamos teri o belo do medrõnhu!!!" Ao que o público, completamente extasiado com estas palavras, respondeu: "Buu!!! Fora!!! Vai pra casa, ó malandro!!! Vai trabalhar!!! Faz-te um homem!!!" - palavras estas que inspiraram o empresário a continuar na sua apresentação. "Vamos ter bailis tôdas as noitis durãnti dôis dias! E, de seguida, passo a apresêntari o logotipu do «Sacho Riveri»". Ao que, puxando um pano preto vindo do tecto, coloca a descoberto o logotipo do grandioso evento (Devido às altas horas a que a apresentação se realizou, e ao facto de, o responsável pela manutenção, ao ter saído aquando do fim do seu turno, ter desligado o quadro geral deixando todo o Pavilhão envolto numa escuridão tremenda, não nos foi possível recolher a imagem do tão esperado logotipo do tão esperado evento). Ao não verem o logotipo por causa da escuridão que se fazia sentir na sala, os presentes mostraram-se abismados com tamanha beleza, dessa peça que deitou por terra tudo o que se conhecia a nivel de Marketing e Publicidade, podendo, sem qualquer margem para dúvida, ter lançado o próximo estilo artístico oriundo de Portugal mais importante logo a seguir ao Manuelismo. O Cartaz era absolutamente divinal, fugia a todos os parâmetros existentes, revelando uma visão futurista do presente como o conhecemos do passado, era uma obra de design que, acreditamos todos aqui na redacção, se vai deixar de chamar design. vai-se chamar «Dizainhe».<br /><br />Esta vai ser a próxima designação para o que foi quase visto. Era um cartaz A4, impresso e 4 cores de uma extraordinária qualidade de jacto de tinta, o papel era tipo reciclado, daquele que se usava nos talhos para embrulhar a carne. O artista da belíssima obra de arte foi o próprio Cordeirinho, que se revelou um homem visionário, com um sentido de presença fantástico, um renomeado artista, como nos fizeram crêr os espectadores presentes no Pavilhão. "Urso!!!! Canhoto!!!! Tótó!!!! Trapalhão!!! Vai aprender a desenhar, ó marmelo!!!! Não vales nada!!!! Besta!!!!" Frederico Cordeirinho ficou inchado, o seu ego subiu ao topo do pé do banco em que se sentava. Nunca o empresário tinha orado para um público tão apaixonado, tão dedicado, tão.... atencioso! "Agora, cumadris e cumpadris, vou deixari alguns melhares d'convitis, pra vossemecêis irêm a franganoti, nesti Verãum e participarêm nessa grande fésta que vai séri o «Sach Riveri». Finalizou Frederico Cordeirinho para gaudio dos presentes. Assim, ficamos na espectativa de um grandioso evento de Verão, em Franganote. O «SACHO RIVER»Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-22762913644291308392008-09-18T00:31:00.002+01:002008-09-18T00:35:11.264+01:00Pensamento do diaNa sabéri pronde vou, é a melhor manêra de iri pronde nunca fui.<br /><hr /><span style="color: rgb(192, 192, 192);font-size:85%;" >Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-20439285873755309602008-09-05T22:50:00.011+01:002009-07-23T16:22:51.958+01:00As desventuras dum levado da brecaHá munto, munto tempo, lá prós lados d'Alguidêras de Báxo, havia um cumpadre que na tinha tôdas nu sítio. <div>Atão naé qu magano se lembrou ca enxada servia na só pra guardar as poupanças, mas tamém pra trabalhari.</div><div>Aquele Alguidêrense du real cabrãum, resolveu um dia que tinha uma árvures pra transplantari, pegou-se nele e na puta da enxada, meté-se pra verêda acima, cortando uns tojos e umas estêvas plo caminho, chegou-se ao cimo do monti, deu duas murdidelas no palito que levava no canto da bôca, e enfiou-se pla ladêra abáxo.</div><div>Lá ia o gajo cantarolando umas parvoiçis parvas:<br /><br />Um acidenti teve a Bia<br /><span class="Apple-tab-span" style="WHITE-SPACE: pre"></span>disse-me a minha cumádri<br /><span class="Apple-tab-span" style="WHITE-SPACE: pre"></span>à porta da sacristia<br /><span class="Apple-tab-span" style="WHITE-SPACE: pre"></span>ficou debáxo dum padri<br /><br /><span class="Apple-tab-span" style="WHITE-SPACE: pre"></span>lálárálálá<br /><br />Perdi a minha caneta<br />lá prós lados da Várzea<br />se lá fores e viresi-a<br />tráze-a!<br /><span class="Apple-tab-span" style="WHITE-SPACE: pre"><br /></span>lálárálálá<br /><br />Chegando à horta, pôsou a enxada, dirigiu-se à arvuri e declamou:<br /><br />No tempo dos visigodos<br />e tamém dos barbáros<br />em cus homens subiom às arvóres<br />e cumiom os passárus<br /><br /><span class="Apple-tab-span" style="WHITE-SPACE: pre"></span>lálárálálá<br /><br />Ouvindo istu a ávuri perdeu as folhas, nisto, o Alguidêrensi pega na enxada, lavanta-a lá prós altos, e lembra-si:<br /><br />De cavar na gosto nada<br />sou tudo mas parvo não<br />mais vale uma mão enxada<br />cuma enxada na mão<br /><br />Gostar de trabalhari<br />ainda na há manêra<br />portanto vou-me dêtari<br />debáxo daquela azinhêra<br /><br />E lá foi o magano do homem. Prantou-si debáxo da azinhêra, sacou do capa-grilos e, ia cumendo uma beletras, enquanto esperava pla hora da bucha.<br /><br />A seguiri vou almuçari<br />mastigo umas carcaças<br />saí pra trabalhari<br />tava um calor do caraças<br /><br />Chegada a hora sagrada, ele saca do panito, da bela da linguiça, do garrafão de vinhu, e lá vai ele, desalvorado, engalfinha-se à merenda, e só parou quando já na havia mais nada pra cumeri.<br /><br />É cá sou uma ganda besta<br />de sopa comi cinco malgas<br />e quando ia prá sexta<br />A Maria dé-me nas nalgas<br /><br />O cabrão comeu tanto e tanpouco que, sem saber daondi, veio-lhe uma daquelas caganêras de fazéri um homem chamar pra mãezinha.<br /><br />Foi por báxo , foi por cima<br />tal foi a cagadela<br />que a burra da minha prima<br />até ouviu na casa dela<br /><br />A caganêra era tal<br />que a merda rolou pla casa<br />atrevessou o quintal<br />fiquê com o cu em brasa<br /><br />Coitadito, já recompoustu, meté-se na alheta. Pisgou-se dali pra fora, antes cas moscas chegassém. Ladêra acima, pla várzea abáxo, lá foi ele ter ca Maria.<br /><br />A Maria foi à fonti<br />à cabeça uma bilha<br />vim lá de cima do monti<br />fui-me a ela, e parti-lha<br /><br />"desculpa, amôri!"<br /><br />Por ti subi um écalitre<br />com uma rosa na mão<br />desencalitrê-me lá de cima<br />marrê cus cornos no chão<br /><br />A minha Maria a ressonári<br />na sê se á desperto-la<br />é que se ela na gustari<br />se calhar manda-me à Mértola<br /><br />A cachopa é vaidosa<br />anda ca gadêlha ruça<br />ou dêxa de ser têmosa<br />ou então leva na fuça<br /><br />Mas é cá na sou esquesitu<br />no que respêta a mulhéris<br />se é pra me polir o apito<br />podem ser umas quaisqueres<br /><br />O raio do alentejano era artista, é na tenho culpa destas rimadas.<br />Na quero repetiri, a culpa na é minha, é do cabrão do alentejano.<br />Tal tá a cachaporra, heimm!! na digo más vez nenhuma!!!<br />Bom! Bom! Tá a burra nas couves, vou ter que andar às lengadas com alguéim!!<br />Pronto! Pronto! Tá o caldo entornado!! Agora é que vão ser elas!!<br /><br />Se me tão a chatear<br />com a vossa lenga-lenga<br />tão aqui, tão a levar<br />tal tá a moenga!! (Porra!!)<br /><hr /><span style="COLOR: rgb(192,192,192);font-size:85%;" >Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevantu-me de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span></div>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-54257300890590643982008-09-05T12:37:00.003+01:002008-09-07T14:49:34.845+01:00Pôesia ÉruditaAndo duma tal manêra<br />que querendo tirar as lentes<br />é tal a doidêra<br />qua acabê lavando os dentes<br /><br />Mal te vi-te, afixi-te<br />prantê-te cá<br />na minha alembradura<br />dizó té pai qué goste ti, porra!!<br /><br /><br /><hr /><span style="color: rgb(192, 192, 192);font-size:85%;" >Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevanto cú de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5227858750903950603.post-44917544423797713442008-09-05T11:51:00.003+01:002008-09-07T14:24:40.681+01:00Os Déz Mandamentus Alentejanus1 - Viva pra descansari.<br />2 - Ame a sua cama, ela é o sê templo.<br />3 - Se viri alguém descansando, ajude-o.<br />4 - Descanse de dia pra poder drumir à nôte.<br />5 - O trabalho é sagrado, na toque nêle.<br />6 - Nunca faça amanhã, o que vocemessei pode fazeri depôs d'amanhã.<br />7 - Trabalhe o menos possível; o que tiver pra ser fêto, dêxe que ôtra pessoa o faça.<br />8 - Calma, nunca ninguém morreu por descansari, mas messea pode se alêjari trabalhando...<br />9 - Quando sentir desejo de trabalhari, sente-se e espere que ele passe.<br />10 - Na se esqueça, trabalho é saúdi. Dêxe o seu prós doentes.<br /><br /><hr /><span style="color: rgb(192, 192, 192);font-size:85%;" >Vocemesseas digam se gostom ou não, qué cá quando me cairi uma beletra nos cornos, é cá alevanto cú de debaixo do chaparro e venhu léri. Óbrigaditu</span>Joel Santinhohttp://www.blogger.com/profile/01904298781653123370noreply@blogger.com1